Flautista e diretor musical, António Carrilho dedica-se à interpretação e criação de projetos que cruzam tradição e contemporaneidade, explorando novas formas de diálogo entre tempos e linguagens.

António Carrilho (Portugal) é flautista de bisel, criador conceptual, pedagogo e diretor musical. A sua atividade artística desenvolve-se entre a performance histórica e a criação contemporânea, atravessando séculos de repertório, da Idade Média à atualidade, e unindo a prática solista, o trabalho com ensembles especializados e a direção musical de projetos que exploram a diversidade expressiva da música antiga e das suas interseções com o presente.

Foi solista com algumas das principais orquestras portuguesas e estrangeiras, incluindo a Gulbenkian, Sinfónica Portuguesa, Metropolitana de Lisboa, Divino Sospiro, Sinfonietta de Lisboa, Os Músicos do Tejo, Barroca de Haifa (Israel), Orquestra Barroca de Nagoya (Japão), Den Norsk Katedralenensemblet (Noruega) e Concerto Balabile (Holanda), entre outras. A relação com a criação contemporânea levou-o a estrear dezenas de obras para flauta de bisel, em contexto solo, com ensemble e com orquestra, contribuindo para a expansão do repertório deste instrumento e registando parte deste percurso em várias gravações.

Enquanto diretor musical, colabora com grupos como La Nave Va, La Paix du Parnasse (integra a associação espanhola de música antiga), Syrinx: XXII (membro da Chamber Music America), Borealis Ensemble e Milles Regretz Ensemble, apresentando-se regularmente em festivais e palcos relevantes na Europa, América e Ásia. A sua atividade como maestro inclui interpretações de óperas de Purcell,

Charpentier, Pergolesi, Scarlatti, Boismortier, Blow, Salieri, Monteverdi e Gluck, assim como a direção da estreia de Cortes de Júpiter, com texto de Gil Vicente e música de Filipe Raposo, no Centro Cultural de Belém.

Gravou para editoras e instituições como Codax, Encherialis, Numérica, Naxos, Arte France/RTP, Portugaler, mpmp, Dialogos e Secretaria de Cultura do Estado do Amazonas, deixando registos que documentam o seu trabalho entre o repertório histórico e a criação de hoje.

Pedagogo ativo, orienta o curso de flauta de bisel nos Encontros Internacionais de Música da Casa de Mateus, do qual é co-diretor, e tem sido convidado a lecionar cursos e masterclasses em Portugal, Países Baixos, Espanha, Índia, Japão, Austrália, Brasil, Estados Unidos, Alemanha e Itália. Ensina Flauta de Bisel e Música de Câmara na Polytechnic University de Castelo Branco, onde coordena o Departamento de Música de Câmara e integra a comissão científica do Mestrado em Música.

É licenciado e mestre pelo Conservatório Real de Haia (Países Baixos) e especialista em flauta de bisel e música de câmara pelos Institutos Politécnicos de Lisboa, Porto e Castelo Branco.

Privacy Preference Center